Certa vez, talvez em minhas férias ou em um feriado prolongado, resolvemos, eu e minha esposa, subir e conhecer a Pedra Grande em Atibaia - SP.
A estradinha que leva até a rampa estava em péssimas condições com muitos buracos em decorrência da época de chuvas (verão). Tivemos que enfrentar umas pedras que insistiam em bater na parte debaixo do carro. Até hoje esta estradinha tem péssima conservação. Um descaso das autoridades locais porque é um ponto turístico forte naquela cidade, além de denotar pouca união das associações e escolas de vôo livre que fazem uso da rampa. Intensamente utilizada, esta via de acesso, deveria ter pavimentação melhor e mais definitiva.
Clique aqui e leia reportagem de 2005 a respeito deste recorrente tema.
Chegamos à Pedra Grande e não acreditávamos na grandiosidade de tal formação rochosa, além da beleza da paisagem por quase 270 graus de campo de visão.
Era início de tarde e havia intensa movimentação de pilotos preparando-se para seus respectivos vôos.
Os pilotos de asas deltas parecem ter um espaço reservado no canto norte da pedra. Montam seus equipamentos juntos, em uma comunidade.
Já os pilotos de parapente parecem ser mais individualistas, ou tem grupos menores. Espalham-se mais pela extensão da rampa, talvez pela facilidade na preparação do equipamento, talvez ela necessidade de cada um ter seu ritual particular.
Ficamos observando as cores das asas, a beleza e o deslumbramento que elas exaltam. Tiramos fotos, observamos decolagens aqui e acolá.
Em função do período térmico, o vento aumentava de intensidade, provocando maior dificuldade nas decolagens, sobretudo, nos parapentes.
Inflagem reversa, força nos braços e pernas, além de um controle motor possibilitavam que o espetáculo continuasse, para o deleite dos leigos observadores e arrepio dos experts no assunto.
Em determinado momento, observando um piloto que estava em fase de decolagem, percebemos que ele estava com dificuldade de controlar o velame no solo. Tenta aqui, tenta ali e a vela nervosa queria partir de todo jeito, mesmo sem o piloto. Alguns colegas dele aproximaram dele, tentando ajudá-lo. Sem aviso, uma rajada chegou e o pegou despreparado. Primeiro ela levantou-o, depois ele voltou ao chão, mas vela dele já voava no mesmo sentido que o vento soprava. Resultado: ele se desequilibrou, sendo pêgo de costas para a asa. O resultante das forças opostas entre o vento que levava a vela e a inércia da massa do piloto fizeram o resto. O piloto parecia um queijo parmesão diante de um ralador.
O pessoal correu para acudí-lo, segurando nele, na selete e em tudo que podia, mas a vela continuava a arrastá-lo.
Tudo aconteceu muito rápido e quando percebemos, estávamos fazendo parte do salvamento. Eu e minha esposa pulamos sobre a vela, numa reação inconsciente. Com isso, a reação da vela foi perdendo força e mais e mais pessoas pularam sobre ela.
Num trabalho de equipe, as pessoas ajudaram o piloto não ser gasto na pedra abrasiva da rampa.
O piloto levantou-se com algumas boas raladas pelo corpo e, ou por raiva ou vergonha ou adrenalina no sangue, preparou-se rapidamente e alçou um espetacular vôo, fugindo de nossos olhares e disfarçadas risadas.
Um de seus colegas veio até nós agradecendo a nossa experiência em "matar" a asa daquele modo. Nós dissemos a ele que jamais tínhamos feito aquilo alguma vez antes.
Ficamos observando o piloto subir cada vez mais. Observamos mais decolagens e algumas aterragens na própria rampa.
Pensei que aquele era um perigoso esporte e quem o praticava era ou muito bom no que fazia ou um louco.
A nossa viagem de volta teve como assunto central o coitado do piloto.
Gigantic pumice stone
Certain time, perhaps in my vacations or in a holiday, we solved, me and my wife, to arise and to know the Big Stone in Atibaia - SP.
The small road that takes until the ramp was in terrible conditions with many holes due to the time of rains. (They will see). We had to face some stones that insisted on beating in the part under the car. Until today this road has terrible conservation. A negligence of the local authorities because it is a tourist point in that city, besides denoting little union of the associations and schools of free flight that make use of the ramp. Intensely used, this
access road, should have better and more definitive paving.
Click here and read report of 2005 regarding this appealing theme.
We arrived to Pedra Grande and we didn't believe in the grandiose rocky formation, besides the beauty of the landscape for almost 270 degrees of vision field.
It was in the afternoon beginning and there was intense movement of pilots getting ready for your respective flights.
The pilots of wings deltas seem to have a reserved space in the north song of the stone. They set up your together equipments, in a community.
The paraglider pilots seem already to be more individualistic, or they have smaller groups. They disperse more for the extension of the ramp, perhaps for the easiness in the preparation of the equipment, perhaps for the need of each one to have your private ritual.
We were observing the colors of the wings, the beauty and the dazzle that they exalt. We took pictures, we observed take-offs here and there.
In function of the thermal period, the wind increased of intensity, provoking larger difficulty in the take-offs, above all, in the gliders.
Reverse inflation, forces in the arms and legs, besides a motor control they made possible that the show continued, for the lay observers' delight and chill of the experts in the subject.
In certain moment, observing a pilot that was in take-off phase, we noticed that he was with difficulty of controlling the velame in the soil. He tries here, it tries there and the nervous candle wanted to leave of every way, even without the pilot. Some friends of him approximated of him, trying to help.
Without warning, a burst arrived and it diffused him of surprise. First she lifted the pilot, later he returned to the ground, but his wing already flew in the same sense that the wind blew. Result: he was unbalance, being him of backs for the wing. The resultant of the opposite forces among the wind that took the candle and the inertia of the pilot's mass made the rest. The pilot seemed a Parmesan cheese before a grater.
The people ran to help him, holding in him, in the harness and in everything that was able to, but the candle continued to drag him.
Everything happened very fast and when we noticed, we were being part of the rescue. I and my wife polished on the candle, in an unconscious reaction. With that, the reaction of the candle went losing force and more and more people jumped on her.
In a team work, the people helped the pilot it not to be worn-out in the abrasive stone of the ramp.
The pilot got up with some good ones grated by the body and, or for rage or shame or adrenaline in the blood, he got ready quickly and it raised a spectacular flight, escaping from our glances and disguised laughters.
One of your friends vein to us thanking our experience in " killing " the wing in that way. We said before him that we had never made that some time.
We were observing the pilot it to arise more and more. We observed more take-offs and some landings in the own ramp.
I thought that that era a dangerous sport. The person that practices this sport was very good in what she did or a crazy person.
Our trip of turn had as central subject the pilot's poor fellow.
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