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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Navidad

Neste último semestre passei minhas horas de trabalho falando em espanhol com meus "hermanos" da América Latina toda. Embora o português seja falado somente e praticamente no Brasil, nestas paragens, a língua de origem lusa é falada em 51% da população latina americana.


Mas como trabalho com os outros 49%, necessito falar o idioma "español" para me fazer entender e entendê-los. É claro que não sou um expert nesta língua, mas consigo me virar. Já fui elogiado pela minha pronuncia espanhola por ela não conter o sotaque português (coisa que pra mim já valeram as minhas aulas autodidatas).


Existe um site que me ajuda muito em minhas comunicações escritas, sobretudo quando se trata de conjugações verbais. Trata-se do WordReference.


No primeiro link, encontram-se os dicionários Português-Espanhol, Espanhol-Português:




No segundo link está a maravilhosa ferramenta para conjugação verbal:



Navidad equivale à palavra Nascimento que equivale à palavra Natal. E é assim que nossos vizinhos comprimentam nesta época de renovação, de "Nascimento" ou aniversário de Jesus Cristo, que segundo os cristãos, nasceu em 25 de dezembro. Jesus representa o ideal da perfeição, da simplicidade, do perdão e principalmente do amor. O amor incondicional, que significa aquele amor sem egoismo, sem querer algo em troca, aquele amor que simplesmente se sente.



Quando se chega nesta época do ano, os corações de muitos ficam mais moles, mais tolerantes, mais compreensivos, mais sinceros, mais solidários, mais amorosos e o clima melhora. As pessoas ficam contagiadas de "Navidad", parecendo que são novas por dentro, capazes de festejar, de celebrar, de confraternizar, de planejar as felicidades de um novo ano. Enfeitam-se, enfeitam seus lares, mudam e colorem a vida.



Momento circunspecto, de reflexão e de compaixão. Religioso ou profano, este momento é mágico, porque transforma o todo, as energias e o ar.



Existe o fato das pessoas terem mais dinheiro no bolso e comprarem furiosamente nas esquinas das ruas 25 de março da vida, mas até isso é gostoso de se ver. As pessoas pensam um pouco nos outros, querem presentear, porque querem agradar aos outros.


Que momento idílico é o mês de dezembro com 13 salário, férias, compras, presentes, Natal e virada de ano.


A todos os meus amigos e colegas leitores, desejo que em seus corações ocorra o Nascimento.


Feliz Navidad


Feliz Natal


Feliz seja você




segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Coisa de ignorante

A primeira coisa que descobri quando resolvi estudar e pesquisar o mundo do voo livre de parapente é que eu era um tremendo ignorante a respeito deste esporte que eu sonhava praticar. E essa ignorância pautava-se no conceito de que não haviam classificações nos modelos dos parapentes, ou seja, eu pensava que um parapente servia para qualquer voador, seja ele inexperiente, seja ele um mestre dos ares.


E felizmente eu estava errado. Os parapentes seguem, de um modo geral, padrões de homologações que vão dos parapentes de treino até os avançados.


A segurança era e é a minha maior preocupação quando resolvi voar. Para a minha sorte essa classificação pautada na segurança de voo existe. Afinal, não tenho duas vidas e pretendo viver essa única vida carnal por muitos anos e se possível voando também.



Podemos classificá-los como (as informações abaixo foram retiradas do site Ventomania do mestre Sivuca):


Classe 1:
São parapentes chamados de "Escola". São aquelas velas que recebem homologação alemã, DHV 1 e são muito "tranquilos", mansos, pouco ágeis, mas possuindo uma grande capacidade de "perdoar" erros do piloto.



Classe 1-2:
São parapentes chamados de "Saída de escola", mansos e tranqüilos, perfeitamente indicados para iniciantes autônomos, que estão começando a voar com suas próprias asas e escolher as suas condições de vôo.
São parapentes um pouco mais ágeis na pilotagem, porém sem comprometimento da segurança passiva. Em geral quem começa no esporte, deveria comprar um parapente de classe 1 ou desta classe, dependendo do estilo do piloto, mais ousado ou conservador.



Classe 1-2 avançado:
São parapentes chamados de "Saída de escola avançado", recebendo tambem homologação alemã DHV 1-2, eles possuem comportamento mais "vivo" é ágil que os da classicos DHV 1-2.
Por curiosidade, ler os artigos comparativos das revistas Françesas "Parpente Mag ou Vol libre" que apresentam as tabelas de diferenciações das categorias dos parapentes homologados DHV 1/2.
Apesar de ter rendimento superior aos da categoria anterior, estes parapentes são bastante tranqüilos é são indicados para os pilotos que estejam querendo alcançar um bom compromisso entre performance é alta segurança.




Classe 2:
São parapentes chamados de "intermediários avançados", com homologação DHV 2. São indicados para pilotos que já voam a pelo menos 2 anos de maneira freqüente e estão em busca de vôos de distância (cross)ou participar de campeonatos.



Classe 2-3:
São parapentes chamados de "performance", indicados somento para quem realmente tem uma boa experiência, faz vôos de distância ou participa de competições.
Em geral são velas de alta performance porém o piloto não tem tranqüilidade é precisam de atenção constante na seu pilotagem (pilotagem ativa).



Competition:
São os modelos de seria os mais avançados do mercado.
Geralmente não possuem homologação e seu uso é por conta e risco do piloto. Ate prototipos de algumas marcas participam das competições, nacionais é internacionais. São parapentes muito ariscos e difíceis de serem pilotados. São sò para pilotos fora do padrão e que praticam de competições regularmente.


O desenho dos parapentes são diferentes para atender às exigências acima. Se percebermos os parapentes mais próximos da classificação "iniciante" são mais estreitos e poucas células (a divisão física de cada vela) e à medida que a classificação dos parapentes vai "subindo" para o nível dos pilotos experientes e experts, as velas são mais longas em comprimento e mais estreitas em largura.




Veja as figuras abaixo (retiradas do site da SOL Paraglider - empresa brasileira de alta qualidade na fabricação de parapentes e acessórios)








Thing of ignorant


The first thing that I discovered when I decided to study and to research the world of the flight free from paraglider it is that I was a tremendous ignoramus regarding this sport that I dreamed to practice. And that ignorance was ruled in the concept that there were not classifications in the models of the paragliders, in other words, I thought that a paraglider was for any flying, be him inexperienced, be him a master of the airs.


It is happily I was wrong. The paragliders proceed, in a general way, patterns of approvals that are going from the training paragliders to the advanced ones.


The safety was and it is my largest concern when I decided to fly. For my luck that ruled classification in the flight safety exists.


After all, I don't have two lives and I intend to live that only carnal life for many years and if possible also flying.


We can classify them as (the information below were removed of the site master's Sivuca Ventomania):


Class 1: They are called paragliders of " School ". Saint those candles that receive German approval, DHV 1 and healthy very " calm ", tame, little agile, but possessing a great capacity " to forgive " the pilot's mistakes.


Class 1-2: They are perfectly called paragliders of " school " Exit, tame and calm, suitable for autonomous beginners, that are beginning to fly with your own wings and to choose your flight conditions. They are paragliders a little more agile in the pilotagem, however without compromising of the passive safety. In general who begins in the sport, he/she should buy a paraglider of class 1 or of this class, depending on the pilot's style, more daring or conservative.


Class 1-2 advanced: They are called paragliders of " school Exit moved forward ", also receiving German approval DHV 1-2, they possess more alive " behavior it is agile that the one of classic DHV 1-2. For curiosity, to read the comparative goods of the French " magazines Paraglider Mag or Vol libre " that present the tables of differentiations of the categories of the ratified paragliders DHV 1/2. In spite of having superior revenue to the of the previous category, these paragliders are quite calm it is they are suitable for the pilots that are wanting to reach a good commitment among performance it is high safety.


Class 2: They are advanced " middlemen's called paragliders, with approval DHV 2. Saint indicated for pilots that already fly the at least 2 years in a frequent way and they are in search of distance flights (cross)ou to participate in championships.


Class 2-3: They are called paragliders of " performance ", suitable somento for who really has a good experience, makes distance flights or it participates in competitions. In general they are candles of high performance however the pilot doesn't have peacefulness it is they need constant attention in your form of (to pilot active).



Competition: They are the models of it would be the most advanced of the market. They don't usually possess approval and your use is for bill and the pilot's risk. Tie prototypes of some marks they participate in the competitions, national it is international. They are very unfriendly and difficult paragliders of they be pilot. They are out sò for pilots of the pattern and that practice regularly of competitions.


The drawing of the paragliders is different to assist above to the demands. If we notice the closest paragliders of the classification " beginner " they are more narrow and few cells (the physical division of each candle) and as the classification of the paragliders is going " arising " for the experienced pilots' level and experts, the candles are longer in length and more narrow in width.



See the illustrations above (retreats of SOL Paraglider's site - Brazilian company of high quality in the paragliders production and accessories)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

3º Festival de Voo Livre em Extrema-MG

Feriadão de Corpus Christi Maio de 2008, fui para a "minha" terra adorada, Minas, na cidade de Extrema.

Chegando lá soube que iria ter um festival de voo livre naquele feriado.
No primeiro dia de feriado, eu e minha esposa, fomos conferir o evento e quando lá chegamos, haviam muitos parapentes no ar.

Eles realizavam voos a partir da rampa do Pico dos Cabritos, na Serra do Lopo.

Era final de tarde e ficamos ali, observando aqueles pássaros humanos.

Tiramos muitas fotos, filmamos e nos divertimos.

Naquele momento, voltava em mim, a vontade de voar.

A vontade de formar-me como piloto e ter a capacidade de voar sozinho.

Fiquei sonhando, pensando, refletindo.

Aqueles gliders dançando no ar, aqueles pilotos que colocaram seus sonhos em prática e aquele acontecimento faziam com que as minhas emoções agitassem e criassem em mim a necessidade de voar.

Resolvi que eu iria pensar com carinho na realização daquele sonho.

Eu iria pesquisar, estudar, indagar e verificar como era praticado aquele esporte.









3rd Festival of Free Flight in Extrema-MG


Holiday of Corpus Christi May 2008, went to my adored earth, Minas, in the city of Extrema.
Arriving there knew that would have a festival of free flight in that holiday.
In the first day of holiday, me and my wife, we went to check the event and when there we arrived, there was many paragliders in the air.
It was in the afternoon final and we were there, observing those human birds.
We took a lot of pictures, we filmed and we had fun.
On that moment, it returned in me, the will of flying.
The will of being formed as pilot and to have the capacity to fly alone.
I was dreaming, thinking, contemplating.
Those gliders dancing in the air, those pilots that placed your dreams in practice and that event did with that my emotions shook and they created in me the need to fly.
I solved that I would think with love about the accomplishment of that dream.
I would research, to study, to investigate and to verify how that sport was practiced.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Depois de um longo inverno...

Foram tantos contra-tempos que tive que priorizar as coisas.
Saúde de minha mãe, aulas de parapente, trabalho e outras coisas detiveram os meus posts.

Retomarei a cronologia dos fatos deste blog, mas adianto que após anos de sonho sonhado, realizei a façanha de voar e quase sozinho. (quase porque recebi as orientações dos instrutores), mas estava lá, sozinho, eu, o equipamento, a natureza e Deus.

Fiz o meu "voo prego", o meu batismo, o voo inaugural.

Mais detalhes, veja o vídeo abaixo

http://br.youtube.com/watch?v=pgjBYiw7qmU

De "aprendiz a piloto", tornei-me "piloto-aprendiz" com este batismo de fogo.

Em breve relatarei esta incrível experiência.






After a long winter...

So many problems that I had to prioritize the things were.
My mother's health, paraglider classes, work and other things stopped my posts.
I will retake the chronology of the facts of this blog, but I advance that after years of dreamed dream, I accomplished the feat of flying and almost alone. (almost because I received the instructors' orientations), but it was there, alone, me, the equipment, the nature and God.
I made my baptism, the inaugural flight.
More details, see the video below
I became pilot-apprentice with this baptism.
Soon I will tell this incredible experience.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Riscos em voar? Eles existem (II)


Primeira semana de setembro/2008 foi a "Semana do Terror" para o vôo livre brasileiro, especialmente na região Sudeste.


Há um mês, praticamente, eu publicava um post sobre os riscos em voar (leia Riscos em voar? Eles existem), justamente porque acidentes, com vôo livre, haviam tirado a vida de pilotos experientes.

Esta vez, não foi diferente: um piloto carioca de asa delta ficou paraplégico por sua inexperiência ao decolar perto do meio dia (horário de prováveis turbulências em razão das térmicas). Segundo consta, ele tinha apenas 7 vôos, estava sem um instrutor e saiu em um período térmico desfavorável à sua capacidade.


No sábado, dia 06, acidente numa rampa paulista, tirou a vida de um piloto experiente de parapente. Condição climática: entrada de frente fria, causando ventos fortes e rajadas intensas a partir da metade do dia. Fechada assimétrica, full stall, batoque acionado na hora errada e reserva não acionado? Que fatores levaram ao acidente mortal?


Eu esperava não postar mais este tipo de situação, mas utilizo deste blog para criar alertas para a comunidade de pilotos de vôo livre.


Pilotos comerciais para se formarem, para se tornarem aptos, passam horas e horas em simuladores, mais algumas centenas de horas em aulas teóricas. Palestras e simulações sobre segurança. Matérias ligadas à segurança de vôo e situações de emergência. Tudo isso feito com muita seriedade porque assim é que deve ser encarada a realidade de quem voa: os elementos da natureza não brincam!


E no vôo livre essa seriedade é a mesma? Por todos pilotos e aprendizes? Escolas, Clubes e Associações?


Os SIV's (Simulação de Incidentes do Vôo) existem mas há quem não liguem para eles, existem aqueles que se inscrevem e passam-se dias ou meses para poderem fazer o SIV, já que poucas são as escolas capacitadas a isso.


Regras, regulamentos, exigências, homologações, cursos e provas existem de acordo com essa seriedade?


Há responsáveis de alguma associação nas rampas fiscalizando as situações dos pilotos, equipamentos?


Há reciclagens de técnicas de pilotagens? Ou existe apenas a reciclagem nos equipamentos, em que os pilotos preocupam-se em aperfeiçoar apenas o lado técnico do equipamento?


Existem rampas que estão na rota de vôos comerciais e alguém, dentro deste meio, se preocupa com isso de verdade?


Está na hora de existir um DAC (ANAC) para o vôo livre, com regras que foquem na segurança.


Sei que existirão aqueles que dizem que o vôo livre tem que continuar a ser livre, ou seja, sem tais regras que restrigem a prática. De modo livre também, alguns pilotos lançam-se à morte.


O recorde brasileiro, no vôo livre, tem sido o das estatísticas de acidentes...







Risks in flying? They exist



First week of September of 2008 was "The Week of the Terror" for the Brazilian free flight, especially in the Southeast area.


Is there one month, practically, did I publish a post on the risks in flying (see: Risks in flying? They exist), exactly because you alter, with free flight, they had removed the experienced pilots' life.


This time, it was not different: a pilot of the Rio de Janeiro of hang gliding was paraplegic for your inexperience when taking off close to the half day (schedule of probable turbulences in reason of the thermal ones). As it consists, he had only 7 flights, it was without an instructor and he left in an unfavorable thermal period to your capacity.


On Saturday, 06, in a ramp from São Paulo, an accident removed a pilot's paraglider expert life. Climatic condition: entrance of cold front, causing strong winds and intense bursts starting from the half of the day. Asymmetric, full stall, done bung work in the wrong hour and does reserve not worked?


What factors did take to the mortal accident?


I hoped not to post more east situation type, but I use of this blog to create alert for the pilots' of free flight community.


Commercial pilots for if they form, for if they turn capable, hours and hours pass in simulators, more some hundreds of hours in theoretical classes. Lectures and simulations on safety. Linked matters to the flight safety and emergency situations. All this done with a lot of seriousness because it is like this that the reality should be faced of who flies: the elements of the nature don't play!


And in the free flight that seriousness the same is? For all pilots and students? Schools, Clubs and Associations?


SIV's (Simulation of Incidents of the Flight) they exist but there is who don't call for them, those that enroll exist and days or months pass for us to make SIV, since little are the schools qualified that.


Rules, regulations, demands, approvals, courses and do proofs exist in agreement with that seriousness?


Is there responsible of some association in the ramps fiscalizing the pilots' situations, equipments?


Does recycle of techniques exist to pilot? Or does it just exist the recycle in the equipments, in what the pilots do worry in just improving the technical side of the equipment?


Do ramps that are in the route of commercial flights exist and anybody, inside of this middle, does worry about that of truth?


It is time to a DAC to exist (ANAC - National Agency for Civil Aviation) for the free flight, with rules that foquem in the safety.


I know that those that say that the free flight has to continue to be free will exist, in other words, without such rules that restrigem the practice. In a free way also, some pilots rush to the death.


The Brazilian record, in the free flight, it has been it of the statistics of accidents...


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Que vontade de voar

Muitas foram as vezes que subi até a Serra do Lopo em Extrema-MG.

A subida era tranquila, feita de carro. A estradinha é até que cuidada porque tem muitas antenas de comunicação lá na serra.

Subir e curtir o visual, além de sentir o contato com a natureza, sobretudo o céu que parecia mais próximo.

Já passei uma "virada" de ano sentado na rampa quadrante Norte, vendo a cidade de Extrema comemorar a chegada de mais um ano.

Muitos foram pores-do-sol que lá em cima presenciei.
Observava os pássaros naquela altitude, naquela dimensão "ar", soltos, passeando e voando!

A vontade de voar, naquelas horas, era imensa.

Mas, esse sonho parecia distante de mim, principalmente porque não tinha recursos financeiros para realizar tal sonho.

De qualquer maneira, eu voava....




Quem não tem cão, caça com gato

Who doesn't have dog, it hunts with cat




The longing of flying

Many were the times that I arose until the Mountain of Lopo in Extrema-MG-Brazil.

The ascent was calm, done of car. The small road is until that taken care because a lot of communication antennas exist there in the mountain.


To arise and to tan the visual, besides feeling the contact with the nature, above all the sky that seemed closer. I already passed a " year turning ", seated in the ramp North quadrant, sells the city of Extrema to commemorate the arrival of one more year.

Many were sunsets that there on top witnessed.

I observed the birds in that altitude, in that dimension " air ", loosened and flying!


The longing of flying, on those hours, was immense.


But, that dream seemed distant of me, mainly because I didn't have financial resources to accomplish such dream.

In a way or in another way, I flew....

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mairiporã, outro point de parapentes

Na mesma rota para a minha cidadezinha preferida, pela Fernão Dias, passo pela cidade de Mairiporã (SP). Por lá, já vi vários gliders desenhando o ar.


Parei várias vezes no acostamento para apreciar o espetáculo que ocorre bem próximo da estrada.


Descobri que havia uma rampa ali no Pico Olho D'Água (veja vídeos no Youtube). vídeo2











Os pilotos pousavam nas imediações da cidade.


Mas, parece-me que existem alguns pontos críticos a respeito desta rampa:


- Primeiro que não existe oficialmente uma rampa neste local;

- Existe o perigo de vôos por causa do tráfego aéreo em função da proximidade com o aeroporto internacional de São Paulo (Cumbica - Guarulhos);

- Há redes elétricas de alta tensão nas proximidades;

- O pouso existente foi transformado em "rua de lazer" pela cidade;

- Pilotos experientes qualificam o vôo neste local como muito técnico, ou seja, não é para inexperientes e nem "saídos de escola".

Coincidência ou não, faz tempo que não vejo mais as velas pairando naquelas bandas.


Mairiporã, other glider point

In the same route for my favorite city, by Fernão Dias, step for the city of Mairiporã (SP). For there, I already saw several gliders drawing the air.

I stopped several times in the highway shoulder to appreciate the show that happens very close of the highway.

I discovered that there was a ramp there in the Pico Olho D'Água (Pick Eye Of Water) (see videos in Youtube). vídeo2

The pilots landed in the vicinity of the city.

But, I think that some critical points exist regarding this ramp:


- First that doesn't exist a ramp officially in this place;

- The danger of flights exists because of the aerial traffic in function of the proximity with the international airport of São Paulo (Cumbica - Guarulhos);

- There are electric cables of high tension in the proximities;

- The existent landing was transformed in leisure street by the city;

- Experienced pilots qualify the flight in this place as very technician, in other words, it is not for inexperienced and nor pilots recently formed.

Coincidence or not, it has been a long time that I don't see more the candles hovering in those bands.


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Pedra-pomes Grande

Certa vez, talvez em minhas férias ou em um feriado prolongado, resolvemos, eu e minha esposa, subir e conhecer a Pedra Grande em Atibaia - SP.


A estradinha que leva até a rampa estava em péssimas condições com muitos buracos em decorrência da época de chuvas (verão). Tivemos que enfrentar umas pedras que insistiam em bater na parte debaixo do carro. Até hoje esta estradinha tem péssima conservação. Um descaso das autoridades locais porque é um ponto turístico forte naquela cidade, além de denotar pouca união das associações e escolas de vôo livre que fazem uso da rampa. Intensamente utilizada, esta via de acesso, deveria ter pavimentação melhor e mais definitiva.



Clique aqui e leia reportagem de 2005 a respeito deste recorrente tema
.




Chegamos à Pedra Grande e não acreditávamos na grandiosidade de tal formação rochosa, além da beleza da paisagem por quase 270 graus de campo de visão.






Era início de tarde e havia intensa movimentação de pilotos preparando-se para seus respectivos vôos.


Os pilotos de asas deltas parecem ter um espaço reservado no canto norte da pedra. Montam seus equipamentos juntos, em uma comunidade.


Já os pilotos de parapente parecem ser mais individualistas, ou tem grupos menores. Espalham-se mais pela extensão da rampa, talvez pela facilidade na preparação do equipamento, talvez ela necessidade de cada um ter seu ritual particular.


Ficamos observando as cores das asas, a beleza e o deslumbramento que elas exaltam. Tiramos fotos, observamos decolagens aqui e acolá.


Em função do período térmico, o vento aumentava de intensidade, provocando maior dificuldade nas decolagens, sobretudo, nos parapentes.


Inflagem reversa, força nos braços e pernas, além de um controle motor possibilitavam que o espetáculo continuasse, para o deleite dos leigos observadores e arrepio dos experts no assunto.


Em determinado momento, observando um piloto que estava em fase de decolagem, percebemos que ele estava com dificuldade de controlar o velame no solo. Tenta aqui, tenta ali e a vela nervosa queria partir de todo jeito, mesmo sem o piloto. Alguns colegas dele aproximaram dele, tentando ajudá-lo. Sem aviso, uma rajada chegou e o pegou despreparado. Primeiro ela levantou-o, depois ele voltou ao chão, mas vela dele já voava no mesmo sentido que o vento soprava. Resultado: ele se desequilibrou, sendo pêgo de costas para a asa. O resultante das forças opostas entre o vento que levava a vela e a inércia da massa do piloto fizeram o resto. O piloto parecia um queijo parmesão diante de um ralador.


O pessoal correu para acudí-lo, segurando nele, na selete e em tudo que podia, mas a vela continuava a arrastá-lo.


Tudo aconteceu muito rápido e quando percebemos, estávamos fazendo parte do salvamento. Eu e minha esposa pulamos sobre a vela, numa reação inconsciente. Com isso, a reação da vela foi perdendo força e mais e mais pessoas pularam sobre ela.


Num trabalho de equipe, as pessoas ajudaram o piloto não ser gasto na pedra abrasiva da rampa.

O piloto levantou-se com algumas boas raladas pelo corpo e, ou por raiva ou vergonha ou adrenalina no sangue, preparou-se rapidamente e alçou um espetacular vôo, fugindo de nossos olhares e disfarçadas risadas.


Um de seus colegas veio até nós agradecendo a nossa experiência em "matar" a asa daquele modo. Nós dissemos a ele que jamais tínhamos feito aquilo alguma vez antes.


Ficamos observando o piloto subir cada vez mais. Observamos mais decolagens e algumas aterragens na própria rampa.


Pensei que aquele era um perigoso esporte e quem o praticava era ou muito bom no que fazia ou um louco.


A nossa viagem de volta teve como assunto central o coitado do piloto.




Gigantic pumice stone



Certain time, perhaps in my vacations or in a holiday, we solved, me and my wife, to arise and to know the Big Stone in Atibaia - SP.

The small road that takes until the ramp was in terrible conditions with many holes due to the time of rains. (They will see). We had to face some stones that insisted on beating in the part under the car. Until today this road has terrible conservation. A negligence of the local authorities because it is a tourist point in that city, besides denoting little union of the associations and schools of free flight that make use of the ramp. Intensely used, this
access road, should have better and more definitive paving.


Click here and read report of 2005 regarding this appealing theme.


We arrived to Pedra Grande and we didn't believe in the grandiose rocky formation, besides the beauty of the landscape for almost 270 degrees of vision field.


It was in the afternoon beginning and there was intense movement of pilots getting ready for your respective flights.

The pilots of wings deltas seem to have a reserved space in the north song of the stone. They set up your together equipments, in a community.

The paraglider pilots seem already to be more individualistic, or they have smaller groups. They disperse more for the extension of the ramp, perhaps for the easiness in the preparation of the equipment, perhaps for the need of each one to have your private ritual.

We were observing the colors of the wings, the beauty and the dazzle that they exalt. We took pictures, we observed take-offs here and there.

In function of the thermal period, the wind increased of intensity, provoking larger difficulty in the take-offs, above all, in the gliders.

Reverse inflation, forces in the arms and legs, besides a motor control they made possible that the show continued, for the lay observers' delight and chill of the experts in the subject.

In certain moment, observing a pilot that was in take-off phase, we noticed that he was with difficulty of controlling the velame in the soil. He tries here, it tries there and the nervous candle wanted to leave of every way, even without the pilot. Some friends of him approximated of him, trying to help.

Without warning, a burst arrived and it diffused him of surprise. First she lifted the pilot, later he returned to the ground, but his wing already flew in the same sense that the wind blew. Result: he was unbalance, being him of backs for the wing. The resultant of the opposite forces among the wind that took the candle and the inertia of the pilot's mass made the rest. The pilot seemed a Parmesan cheese before a grater.

The people ran to help him, holding in him, in the harness and in everything that was able to, but the candle continued to drag him.

Everything happened very fast and when we noticed, we were being part of the rescue. I and my wife polished on the candle, in an unconscious reaction. With that, the reaction of the candle went losing force and more and more people jumped on her.

In a team work, the people helped the pilot it not to be worn-out in the abrasive stone of the ramp.

The pilot got up with some good ones grated by the body and, or for rage or shame or adrenaline in the blood, he got ready quickly and it raised a spectacular flight, escaping from our glances and disguised laughters.

One of your friends vein to us thanking our experience in " killing " the wing in that way. We said before him that we had never made that some time.

We were observing the pilot it to arise more and more. We observed more take-offs and some landings in the own ramp.

I thought that that era a dangerous sport. The person that practices this sport was very good in what she did or a crazy person.

Our trip of turn had as central subject the pilot's poor fellow.





sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Riscos em voar? Eles existem

Faço uma quebra cronológica, neste meu blog, para tratar de um assunto importante dentro do universo de vôo livre: riscos de morte.

Dizem os especialistas em segurança que acidentes podem ocorrer por duas únicas razões: Negligência e Imprudência. Uma ou outra ou as duas juntas, causam acidentes.

Cabe aqui os significados destas palavras:

NEGLIGÊNCIA (do Lat. negligentia) - s. f.
falta de cuidado, de aplicação;descuido, incúria;desleixo;desmazelo;preguiça


IMPRUDÊNCIA (do Lat. imprudentia) - s. f.
falta de prudência;acto ou dito imprudente;inconsideração;inadvertência;precipitação.


PRUDÊNCIA (do Lat. prudentia) - s. f.
virtude que leva o homem a prever e a evitar os erros e os Perigos;cautela;moderação;precaução;circunspecção;tino.

Pensar que o vôo livre é totalmente seguro é uma grande bobagem. Pensar também que os equipamentos, incluindo os relacionados à segurança e a tecnologia por si só evitam acidentes é incoerência. Pensar que a técnica e o conhecimento são capazes de sempre evitarem acidentes é pensar pequeno.



A experiência e a maturidade de um piloto o levará, associados às técnicas, conhecimentos, equipamentos, tecnologia, procedimentos, consciência pautada na prudência, segurança, responsabilidade e ao respeito à natureza (e seus elementos), a um patamar de redução e mitigação dos riscos.


Assim, os pilares PILOTO, EQUIPAMENTO e NATUREZA se bem equilibrados tornarão as probabilidades de acidentes e os riscos de morte bem pequenos, próximos dos valores aceitáveis.
  • Conhecer as técnicas sem a experiência é risco.
  • Ter experiência sem conhecimento mais aprofundado é empirismo arriscado.
  • Ter equipamento avançado em tecnologia mas desconhecê-lo é risco.
  • Desconhecer o que os elementos da natureza dizem ou sinalizam é arriscar.
  • Voar em equipamentos inadequados à capacidade do piloto é risco.
  • Voar em condições meteorológicas inadequadas à experiência do piloto é um risco.
  • Ter uma personalidade ególatra, nada humilde, presunçosa e arrogante faz pilotos voarem por exibição, para mostrarem seus equipamentos de última geração e para aparecerem na lista dos "tops" é sinal de que um dia isso acabará em um acidente.
  • A formação de um piloto foi feita por instrutores e escolas capacitados, idôneos, cadastrados, homologados e sérios?
Recentemente pilotos destacados e conhecidos no meio nacional e mundial dos parapentes por suas habilidades que os colocavam acima da média, morreram em acidentes praticando o vôo livre.


O que aconteceu com eles? Fatalidade?


Não gosto de que aspectos subjetivos sejam colocados na balança em uma análise racional. Sou espiritualizado, creio em Deus, mas não dá para colocar na conta do "chegou a hora deles" para explicar tais mortes. A vida é feita de escolhas em que nosso livre arbítrio é o responsável por tais decisões, que nos colocará em determinadas situações, porque o acaso e o destino não existem.

Então, eles morreram em decorrência das razões citadas: Negligência e/ou Imprudência.

A lição é dura e amarga para quem, como eu, está entrando neste universo. É uma maneira útil, mas difícil de aprendizado.

Coloco-me, às vezes, em xeque. "Será que não é melhor ficar no chão?"

Não quero desistir e nem pretendo que alguns leitores, em situação próxima à minha, desistam.

Quero apenas levar-nos à reflexão de que embora possa nos dar prazer, o vôo livre deve ser encarado com seriedade e sobriedade. É uma coisa apaixonante, mas devemos ter o lado racional para nos garantir vivos, porque como diz um "mestre" do vôo livre: "Piloto bom é piloto vivo".

Terei a paciência para transitar por todos os estágios de aprendizado exigidos. Vou esforçar-me ao máximo para manter meus pés no chão, a mente analítica e a alma voando. Não vou ser imprudente em achar que "eu já sei" e nem negligenciar a falha natureza humana que está em mim.

Quero manter-me íntegro e bem vivo para desfrutar a minha velhice e contar minhas peripécias aos meus netos, quando este tempo chegar.




Risks in flying? They exist



I make a chronological break, in my blog, to treat inside of an important subject of the universe of free flight: death risks.


The specialists say in safety that you alter they can happen for two only reasons: Negligence and Imprudence. An or other or the two committees, cause accidents.


The meanings of these words here:



NEGLIGENCE (of Lat. negligentia) - s. f. lacks of care, of application; neglect, negligence; negligence; laziness



IMPRUDENCE (of Lat. imprudentia) - s. f. prudence lack; acto or said imprudent; non consideration; inadvertence; precipitation.



PRUDENCE (of Lat. prudentia) - s. f. virtue that takes the man to foresee and to avoid the mistakes and the Dangers; caution; moderation; precaution; circumspection; good sense.



To think that the free flight is totally safe is a great nonsense.


To think also that the equipments, including the by itself related to the safety and the technology avoids accidents it is incoherence. To think that the technique and the knowledge are capable always avoid accidents it is to think small.



The experience and a pilot's maturity will take him, associated to the techniques, knowledge, equipments, technology, procedures, ruled conscience in the prudence, safety, responsibility and to the respect to the nature (and your elements), the a reduction landing and mitigation of the risks.



Like this, the pillars PILOT, EQUIPMENT and NATURE if very balanced they will turn the probabilities of accidents and the very small death risks, close of the acceptable values.


  • To know the techniques without the experience is risk.
  • To have experience without knowledge more deepened it is risky empiricism.
  • To have advanced equipment in technology but to ignore it is risk.
  • To ignore what the elements of the nature say or they signal it is to take a risk.
  • To fly in inadequate equipments to the pilot's capacity is risk.
  • To fly in inadequate meteorological conditions to the pilot's experience is a risk.
  • To have an egocentric personality, humble and arrogant he makes pilots they to fly for exhibition, for us to show your equipments of last generation and for us to appear in the list of the " tops " it is sign that one day that will end in an accident.
  • Was a pilot's formation made by instructors and schools qualified, suitable, done register, done ratify and serious?



Recently outstanding pilots and known in the national and world way of the parapentes by your abilities that placed them above the average, they died in accidents practicing the free flight.


What did happen with them? Fatality?



I don't like subjective aspects to be placed in the scale in a rational analysis. I am spiritualized,

I have faith in God, but he doesn't give to place in the bill of the " it arrived their hour" to explain such deaths. Life is made of choices in that our free will is the responsible for such decisions, that it will place us in certain situations, because the maybe and the destiny doesn't exist.




Then, they died due to the mentioned reasons: Negligence and/or Imprudence.

The lesson is hard and it embitters for who, like me, is entering in this universe. It is a way useful, but difficult of learning.

I place myself, sometimes, in check. Will it " be that is not better to be in the ground "?


I don't want to give up and nor I intend that some readers, in close situation to mine, give up.


I just want to take us to the reflection that although it can feel pleasure, the free flight it should be faced with seriousness and sobriety. It is a thrilling thing, but we should have the rational side to guarantee us alive, because as a " master " of the free flight says: " good pilot is pilot alive ".


I will have the patience to transit for all the learning apprenticeships demanded. I will make an effort to the maximum to maintain my feet in the ground, the analytic mind and the soul flying. I won't be imprudent in thinking " I already know " and nor to neglect the flaw human nature that is in me.



I want to stay complete and very alive to enjoy my age and to count my peripécias to my grandchildren, when this time arrives.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

E os céus de Atibaia sempre chamavam a atenção

Atibaia-SP fica a meio caminho entre a minha casa e meu destino de finais de semana, Extrema-MG.









Coincidentemente, as duas cidades tem uma grande formação montanhosa, onde floresceram no sopé destas montanhas e rampas de vôo livre. Serra do Lopo e Pedra Grande (Extrema e Atibaia respectivamente), serras propícias para a decolagem e vôos de encosta (lift), além de paisagens maravilhosas.









Serra do Lopo - Extrema - MG
Mountain of Lopo - Extrema - MG





Pedra Grande - Atibaia - SP
Pedra Grande (Big Stone) - Atibaia - SP



Finais de semana, no período da tarde, é possível visualizar, das rodovias Fernão Dias e Dom Pedro, as asas e gliders fazendo suas peripécias.


Sempre presto atenção nisso. Muitas vezes dou uma paradinha no acostamento e fico observando ao longe o espetáculo.



Rampa natural - Pedra Grande - Atibaia

Natural ramp - Pedra Grande (Big Stone) - Atibaia

Sempre com a intenção de um dia conhecer de perto, subindo lá na Pedra Grande.

The sky of Atibaia always got the attention

Atibaia-SP is halfway between my house and my destiny of weekends, Extrema-MG.

Coincidentally, the two cities have a great mountainous formation, where they bloomed in the foot of these mountains and ramps of free flight. Mountain of Lopo and Pedra Grande (Big Stone) (it Extremas and Atibaia respectively), favorable mountains for the take-off and lift flights, besides wonderful landscapes.

Weekends, in the period of the afternoon, it is possible to visualize, of the highways Fernão Dias and Dom Pedro, the wings and gliders making your acrobatics.

Always swift attention in that. A lot of times I give a stop in the highway shoulder and I am observing the show in the distance.

Always with the intention of one day to know closely, arising there in the Pedra Grande (Big Stone).

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Um amigo voador

Era 1996, mês de agosto, aniversário de minha esposa. Ela resolveu comemorar fazendo uma festa no sítio de seu pai (Extrema-MG-Brasil)e convidou diversos amigos e parentes.Dentre eles, um amigo de minha esposa que estava iniciando sua "carreira" de voador de parapente.


Ele levou sua "tralha" de voar dentro de seu "jipe" importado, depois de ter consultado a minha esposa se haviam morros na região que a festa aconteceria.


Acho que deve ser um comportamento de muitos iniciantes do vôo livre: não podem ver um morrinho que já querem decolar dele.


Em determinado momento da festa, este amigo convidou a todos a acompanhá-lo na subida do morro.


Fizemos uma "expedição amazônica", até meu cachorro subiu o morrinho.


Ajudamos nos preparativos do tão esperado vôo: limpamos o local de pedras e quaisquer obstáculos que pudessem dificultar a inflagem da vela. Ele montou umas duas ou três birutas feitas de papel higiênico em pontos estratégicos.


Paramentou-se todo: capacete, luvas, selete e parapente.


Olhava pro céu, volta e meia. Parecia querer cheirar o ar.


Checou e re-checou tudo. Parecia concentrar-se em algo que um leigo não conseguia captar.


Demorou-se. O vento não parecia colaborar porque não vinha retinho em direção ao morro.


Alguns de nós segurávamos parte de cima da vela onde tem os "furos" (hoje sei que chama-se "bordo de ataque").


Mas, nada de vôo.


O piloto teria "enraizado"?


De repente ele deu a tão esperada ordem aos que seguravam o "pano" da vela: "levantem!"

Vupt! A vela subiu sobre sua cabeça, ele dominando-a com apenas duas linhas (batoques).

Parecia uma luta e um balé ao mesmo tempo.


O vento queria participar e fazia as vezes para ora derrubar a vela, ora elevá-la.


O piloto amigo correu em direção ao sopé do morro e enquanto o morro "descia", ele ia mantendo o mesmo nível, até que começou a fazer uma trajetória de vôo onde descia um pouco, mas seguia em frente. (o tal planeio e as taxas de L/D).


Foi um grito só da turma quando todos nós saimos do "embasbacamento" quando a vela azul provocou. Era um espetáculo diferente para nossos curiosos olhos. Acompanhamos o percurso "ziguizagueado" do piloto e vela. Os dois pareciam fazer parte de um grande pêndulo, balançando ao sabor do vento.


Mas, eles iam sempre descendo. Era um vôo prego e não sabíamos disso. Estranhamos essa "queda", afinal de contas aquilo não era para voar e para cima?


Leigos que éramos!


O espetáculo estava indo bem, apesar do "prego", quando de repente, prestamos a atenção que ele ia direto a fios de alta tensão!! Não sei se estava tão perto assim, mas à distância, parecia que o bólido voador ia "beijar" a eletricidade. Nos assustamos e começamos a gritar "vira, vira, abaixe, abaixe".


O piloto parecia não nos ouvir, nem pelo rádio.


Momentos de (alta) tensão ...


Mas, felizmente a máquina inclinou para a esquerda, depois para a direita, perdendo altitude, num percurso do tipo "S" e depois tomou uma reta e pouso. (procedimento normal de pouso) Vimos ao longo a vela se deformando e se transformando em apenas um pano que se deixava cair.


O vôo tinha sido um sucesso. Lá de cima do morro aplaudíamos, gritávamos, assobiávamos e num alegria descíamos o morro para encontrar nosso herói voador, que fez de nossa tarde uma tarde diferente.


Os pilotos proporcionam às demais pessoas, um espetáculo único: mostram a capacidade que eles adquiriram: voar. E em grande estilo colorido. Velas no ar, espetáculo para os olhos. Viajamos juntos com as asas.

Vocabulário

Selete - É a tal da cadeirinha em que o piloto e vela estão conectados. Ela é o elo de ligação. Nela também está contido o páraquedas de reserva. É um item de importância crucial, pois depende dela a maior parte do conforto e da comunicação com o velame. Uma selete moderna é equipada com uma proteção flexível para a coluna.


Bordo de ataque - é a parte frontal da vela, onde ocorre a separação do fluxo de vento em dois. O primeiro percorre a parte de cima da vela (chamado de extra-dorso) e o outro passa pela parte inferior chamada de intra-dorso. No caso do parapente, existe ali o dispositivo que infla o parapente, onde o ar penetra a células e a torna rígida.


Enraizar - Termo ou giria que significa que o piloto não consegue sair da rampa e voar. Por medo, dúvida ou qualquer outro motivo.


Batoques - São duas alças, uma de cada lado, e comandam o parapente. Puxando o batoque para baixo o parapente reage fazendo uma curva para o lado acionado. Os dois batoques, no pouso, ajudam a diminuir ou a zerar a velocidade do parapente. É, praticamente, através dos batoques que o parapente executa seus movimentos, manobras e acrobacias. No entanto, embora fácil, há a necessidade de conhecimento teórico e prático para acionar os batoques na dosagem certa e de acordo com as condições climáticas presentes no momento do vôo.



A flying friend


It was 1996, month of August, birthday of my wife. She decided to commemorate making a party in your father's ranch (Extrema-MG-Brazil) and it invited several friends and relatives. Among them, a friend of my wife that it was beginning your " career " of paraglider flyer.


He took your equipments of flying inside of your " imported jeep ", after having consulted my wife if there were hills in the area that the party would happen.


I think should be a behavior of many beginners of the free flight: they cannot see a hill that they want to take off of him.


In certain moment of the party, this friend invited all to accompany him in the ascent of the hill.


We made a " amazon " expedition, until my dog it went up the hill.


We helped in the preparations of such expected flight: we cleaned the place of stones and any obstacles that could hinder the wing to inflate. He set up some two or three wind sleeves done of toilet paper in strategic points.


It was ornamented completely: helmet, gloves, harness and paraglider


He looked for sky, it returns and stocking. He seemed to want to smell the air.


He made the check list of everything. He seemed to ponder in something that a lay one didn't get to capture.


He stayed. The wind didn't seem to collaborate because it didn't come straight in direction to the hill.


Some of us held part from the wing where has the " holes " (today I know that calls her " attack " board).


But, anything of flight.


Would the pilot have taken root "?


Suddenly he gave such expected order to the that held the " cloth " of the wing: " lift "!



Vupt! The wing arose on your head, him dominating her with only two lines (bungs). it Seemed a fight and a ballet at the same time.


The wind wanted to participate and did the times for some times to drop the wing, other times to elevate her.


The pilot friend ran in direction to the foot of the hill and while the hill " went down ", he went maintaining the same level, until that he/she began to do a flight path where went down a little, but it went straight ahead. (the such rate of L/D).


It was only a scream of the group when all of us left the " dazzle " when the blue wing it provoked. It was a different show for our onlookers eyes. We accompanied the course in the pilot's curves and wing. The two seemed to do part of a great pendulum, balancing to the flavor of the wind.


But, they went always descends. It was a flight nail and we didn't know about that. Did we find strange that " fall ", that was not after all to fly and upward?


Lay that were!


The show was going well, in spite of the " nail ", when suddenly, we paid the attention that he went direct to threads of high tension!! I don't know it was if that close, but at the distance, it seemed that the flying meteor will kiss " the electricity. We got scared and we began to scream " lower, lower ".


The pilot seemed not to hear us, nor for the radio.


Moments of (high) tension...


But, happily the machine tilted for the left, later for the right, losing altitude, in a course of the type " S " and later it took a straight line and landing. (normal procedure of landing) we Saw to the long the wing being deformed and changing in just a cloth that she dropped.


The flight had been a success.


There from the hill we applauded, we screamed, we whistled and in a happiness we went down the hill to find our flying hero, that did a different afternoon of our afternoon.


The pilots provide to the other people, an only show: they show the capacity that they acquired: to fly. And in great colored style. wings in the air, show for the eyes. We traveled together with the wings.


Vocabulary


Harness - it is the such of the chair in that the pilot and wing are connected. She is the connection link. In her the reservation parachute is also contained. It is an item of crucial importance, because it depends on her most of the comfort and of the communication with the asame. A modern Harness is equipped with a flexible protection for the column. I


Embroider of attack - it is the front part of the wing, where it happens the separation of the wind flow in two. The first travels the part from the wing (extra-back call) and the other raisin for the part inferior intra-back call. In the case of the paraglider, it exists the device there that inflates the paraglider, where the air penetrates to cells and it turns her rigid. To take root - Term or slang that it means that the pilot doesn't get to leave of the ramp and to fly. For fear, doubt or any other reason.


Bungs (commands) - Are two loops, one on each side, and they command the paraglider. Pulling the bung down the paraglider reacts making a curve to the side worked. The two bungs, in the landing, help to decrease or to zero the speed of the paraglider. It is, practically, through the bungs that the paraglider executes your movements, maneuvers and acrobatics. However, although easy, there is the need of theoretical and practical knowledge to work the bungs in the right dosagem and in agreement with the present climatic conditions in the moment of the flight.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Um dia de domingo - Um novo encontro

A cronologia dos fatos, em meu blog, pode estar alterada em função de lembrar-me das coisas conforme vou escrevendo.



Era um domingo (02 de maio de 2004) e como de costume, eu e minha família saímos em direção a um novo lugar, nos arredores de Sampa (Sao Paulo-Brazil). Havíamos ouvido falar da Fazenda do Chocolate na cidade de Cabreúva e resolvemos conhecer o lugar. Procurei no mapa e verifiquei que a pequena viagem seguia rumo Barueri, Santana do Parnaíba e Pirapora de Bom Jesus.



Chegamos na bucólica Santana do Parnaíba e lá permanecemos por uns 30 minutos já que tínhamos outro destino.


Praça em frente da Igreja - Santana do Parnaíba.

Square in front of the Church - Santana do Parnaíba.





Dali seguimos em direção de Pirapora. Alguns quilometros depois, encontramos uma placa, em uma estradinha de terra, no sopé de um morro, indicando um cruzeiro e uma rampa de vôo livre.



Decidimos conhecer o local...



Trata-se do Morro do Capuava (veja como chegar -Fonte: Site Gustavo) em Pirapora do Bom Jesus.






Cruz do Século

Cruz of the Century








Vista da Rampa quadrante Sudeste

View of the Ramp Southeast quadrant






Vista da Rampa quadrante Noroeste

View of the Ramp Northwest quadrant






E para a minha grata surpresa, na rampa noroeste, encontramos um piloto (creio que novato) tentando inflar o velame com o auxílio de outras pessoas.






Meu domingo transcorreu normalmente e aquela imagem do parapente ficou em minha mente.


A day of Sunday - A new encounter

The chronology of the facts, in my blog, it can be altered in function of remembering of the things as I am going writing.

It was one Sunday (May 02, 2004) and as usual, I and my family came out in direction to a new place, in the surroundings of Sampa (Sao Paulo-Brazil). we had heard to speak of Fazenda do Chocolate in the city of Cabreúva and we decided to know the place. I sought in the map and I verified that the small trip followed direction Barueri, Santana do Parnaíba and Pirapora de Bom Jesus.

We arrived in bucolic Santana do Parnaíba and there we stayed for about 30 minutes since we had another destiny.

Of there we proceeded in direction of Pirapora. Some kilometers then, we found a plate, in an earth highway, in the sopé of a hill, indicating a cruise and a ramp of free flight.

We decided to know the place...

It is the Hill of Capuava (sees as - source to arrive: Site Gustavo) in Pirapora de Bom Jesus.

And for my thankful surprise, in the northwest ramp, we found a pilot (I have faith that beginner) trying to inflate the velame with the other people's aid.

My Sunday usually elapsed and that image of the parapente was in my mind.





quarta-feira, 16 de julho de 2008

O sonho de voar na alma e na pele

Desejei fazer uma tatoo aos meus 40 anos (outro sonho realizad0), mas qual seria a escolha do desenho que ficaria estampado para sempre em minha pele?






O antigo Egito, suas pirâmides, sua história, seus deuses e faraós sempre me trouxeram grande interesse. Ainda farei uma viagem aos rincões da África e poder apreciar esta hermética arte dos antigos egípicios.






Procurei então unir duas paixões: o vôo e o antigo Egito. Havia uma deusa egípcia que tinha particularidades que me atraem. Trata-se de Maat, Deusa da justiça, representa a verdade, a retidão, o equilíbrio. "Vive de maneira tal que teu coração nunca pese mais que a pena da justiça e da verdade” - adágio desta deusa. Além destes atributos morais, ela também tinha algo que me fascina, suas asas.










Na figura acima, vejo uma referência entre Maat e sua asa com os atuais voadores de vôo livre. Parece o voador no momento de decolagem, preparando-se e observando o momento propício para tornar-se um ser alado.



Estava, então, decidida a figura que eu iria tatuar, uma deusa especial com asas e tudo! Janeiro de 2006 a tatoo foi feita e sua pintura foi feita em abril do mesmo ano.


Parte de minha história de voador se iniciava de corpo, alma e asas!

Dado






The dream of flying in the soul and in the skin



Did I want to do a tatoo to my 40 years (other accomplished dream), but which would the choice of the drawing that printing would be be forever in my skin?

Old Egypt, your pyramids, your history, your gods and faraós always brought me great interest. I will still take a trip to the corners of Africa and to appreciate this hermetic art of the old Egypt.
I tried then to unite two passions: the flight and old Egypt. There was an Egyptian goddess that had particularities that attract me.



It is Maat, Goddess of the justice, represents the truth, the rightness, the balance. " lives in a such way that your heart never weighs more than the feather of the justice and of the truth” - this goddess's proverb. Besides these moral attributes, she also had something that fascinates me, your wings.



In the illustration above, I see a reference between Maat and your wing with the current flyers of free flight.


It seems the flyer in the moment of take-off, getting ready and observing the favorable moment to become a to be winged.


Was, then, resolved the illustration that I would tattoo, a special goddess with wings and everything! January of 2006 the tatoo was made and your painting was made in April of the same year.



A piece of my flyer history began of body, soul and wings!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Onde, como e porque tudo começou

Eu era um adolescente, da periferia paulicéia, sonhador e querendo abraçar o mundo, como qualquer adolescente.



Então surgiram, na TV e no cinema fenômenos nacionais:

O filme Menino do Rio (1981) com André de Biase, o seriado global Armação Ilimitada (1985) com o mesmo ator e o Kadu Moliterno e o filme Garota Dourada (1984). Eram estórias a respeito de jovens que praticavam esportes radicais, incluindo o vôo livre com asa delta, na meca da juventude: o Rio Maravilha de Janeiro.





Eu adorava sonhar em voar, em cada cena.



Sustentei este sonho e descobri que em Atibaia, interior de São Paulo, haviam asas, pilotos e escolas. Isso tudo na década de 80. Descobri também que o esporte era caro demais para o meu bolso. O sonho esvaeceu feito neblina quando o sol pega força.


Guardei tal sonho dentro de mim e fiz o que pude, virei músico...
Where, as and because everything began
I was an adolescent, of the periphery paulicéia (Sao Paulo-Brazil), dreamer and wanting to hug the world, as any adolescent.
Then they appeared, in the TV and in the movies national phenomena:
The film Boy from Rio (1981) with André de Biase, the global seriate Limitless Frame (1985) with the same actor and Kadu Moliterno and the film Gold Girl (1984). they were stories regarding youths that practiced radical sports, including the flight free with wing delta, in the youth's meca: Rio Marvel of January.
I adored to dream in flying, in each scene.
I sustained this dream and I discovered that in Atibaia, interior of São Paulo, there were wings, pilots and schools. That everything in the decade of 80. I also discovered that the sport was too expensive for my pocket.
The dream vanished made fog when the sun catches force.
I kept such I dream inside of me and I did what I was able to, I came musician...

O objetivo deste site

Olá gente!

Estou criando este site para:

- Registrar todas as minhas experiências neste novo mundo das asas, do parapente;
- Nos registros, tentar passar informações importantes que possam ajudar as pessoas que iniciaram suas buscas e aprendizados sobre o parapente;
- Criar uma rede de relacionamento com aqueles que têm suas experiências para compartilhar;
- Fazer novos amigos e voar juntos;




O título "Diário de Vôo Prego" é para lembrar-me sempre que tudo que sobe, desce (aqui na Terra e sob a lei da gravidade) e quanto mais lembrar disso, mais estarei praticando a humilde lição de que somos eternos aprendizes e que no mundo do vôo livre significa que a possibilidade de "Vôos Pregos" é sempre grande. Além de me considerar um preá.




Vôo Prego é o significado daquele vôo em que ao se decolar de uma rampa não se obtêm condições suficientes e se vai direto para o pouso. Tais condições podem ser: a falta de capacidade técnica ideal do voador (normalmente o "preá"), falta de sorte, falta de um vento de encosta (lift) capaz de sustentar o vôo, falta de térmica (ar quente em ascensão), ou qualquer outro fato combinado ou não com os demais que culiminam em um vôo rápido e direto para o pouso.




Preá é a designação "carinhosa" daquele piloto novato que não sabe voar direito. Preá é o oposto do gavião, que é mestre dos ares.

É isso aí

Dado
The objective of this site
Hello people!
I am creating this site for:
- To register all my experiences in this new world of the wings, of the parapente;
- In the registrations, to try to pass important information that can help the people that began your searches and learnings on the parapente;
- To create a relationship net with those that have your experiences to share;
- To do new friends and to fly together;
The title "Diário de Vôo Prego" is to remember whenever everything that arises, goes down (here in the Earth and under the law of the gravity) and the more to remind of that, more I will be practicing the humble lesson that are eternal aprendizes and that in the world of the free flight means that flight Nails possibility is always big. Besides being considered a preá.
Flight Nail is the meaning of that flight in that when taking off of a ramp are not obtained enough conditions and leaves direct for the landing. Such conditions can be: the lack of the flyer's capacity technical ideal (usually the " preá "), it lacks lucky, it lacks of a hillside wind (lift) capable to sustain the flight, it lacks of thermal (hot air in ascension), or any other combined fact or not with the others that culminate in a fast and direct flight for the landing.
Preá is that inexperienced pilot's affectionate " designation " that doesn't know exactly to fly. Preá is the opposite of the hawk, that is master of the airs.
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