Faço uma quebra cronológica, neste meu blog, para tratar de um assunto importante dentro do universo de vôo livre: riscos de morte.
Dizem os especialistas em segurança que acidentes podem ocorrer por duas únicas razões: Negligência e Imprudência. Uma ou outra ou as duas juntas, causam acidentes.
Cabe aqui os significados destas palavras:
NEGLIGÊNCIA (do Lat. negligentia) - s. f.
falta de cuidado, de aplicação;descuido, incúria;desleixo;desmazelo;preguiça
IMPRUDÊNCIA (do Lat. imprudentia) - s. f.
falta de prudência;acto ou dito imprudente;inconsideração;inadvertência;precipitação.
PRUDÊNCIA (do Lat. prudentia) - s. f.
virtude que leva o homem a prever e a evitar os erros e os Perigos;cautela;moderação;precaução;circunspecção;tino.
Pensar que o vôo livre é totalmente seguro é uma grande bobagem. Pensar também que os equipamentos, incluindo os relacionados à segurança e a tecnologia por si só evitam acidentes é incoerência. Pensar que a técnica e o conhecimento são capazes de sempre evitarem acidentes é pensar pequeno.
A experiência e a maturidade de um piloto o levará, associados às técnicas, conhecimentos, equipamentos, tecnologia, procedimentos, consciência pautada na prudência, segurança, responsabilidade e ao respeito à natureza (e seus elementos), a um patamar de redução e mitigação dos riscos.
Assim, os pilares PILOTO, EQUIPAMENTO e NATUREZA se bem equilibrados tornarão as probabilidades de acidentes e os riscos de morte bem pequenos, próximos dos valores aceitáveis.
Conhecer as técnicas sem a experiência é risco.
Ter experiência sem conhecimento mais aprofundado é empirismo arriscado.
Ter equipamento avançado em tecnologia mas desconhecê-lo é risco.
Desconhecer o que os elementos da natureza dizem ou sinalizam é arriscar.
Voar em equipamentos inadequados à capacidade do piloto é risco.
Voar em condições meteorológicas inadequadas à experiência do piloto é um risco.
Ter uma personalidade ególatra, nada humilde, presunçosa e arrogante faz pilotos voarem por exibição, para mostrarem seus equipamentos de última geração e para aparecerem na lista dos "tops" é sinal de que um dia isso acabará em um acidente.
A formação de um piloto foi feita por instrutores e escolas capacitados, idôneos, cadastrados, homologados e sérios?
Recentemente pilotos destacados e conhecidos no meio nacional e mundial dos parapentes por suas habilidades que os colocavam acima da média, morreram em acidentes praticando o vôo livre.
O que aconteceu com eles? Fatalidade?
Não gosto de que aspectos subjetivos sejam colocados na balança em uma análise racional. Sou espiritualizado, creio em Deus, mas não dá para colocar na conta do "chegou a hora deles" para explicar tais mortes. A vida é feita de escolhas em que nosso livre arbítrio é o responsável por tais decisões, que nos colocará em determinadas situações, porque o acaso e o destino não existem.
Então, eles morreram em decorrência das razões citadas: Negligência e/ou Imprudência.
A lição é dura e amarga para quem, como eu, está entrando neste universo. É uma maneira útil, mas difícil de aprendizado.
Coloco-me, às vezes, em xeque. "Será que não é melhor ficar no chão?"
Não quero desistir e nem pretendo que alguns leitores, em situação próxima à minha, desistam.
Quero apenas levar-nos à reflexão de que embora possa nos dar prazer, o vôo livre deve ser encarado com seriedade e sobriedade. É uma coisa apaixonante, mas devemos ter o lado racional para nos garantir vivos, porque como diz um "mestre" do vôo livre: "Piloto bom é piloto vivo".
Terei a paciência para transitar por todos os estágios de aprendizado exigidos. Vou esforçar-me ao máximo para manter meus pés no chão, a mente analítica e a alma voando. Não vou ser imprudente em achar que "eu já sei" e nem negligenciar a falha natureza humana que está em mim.
Quero manter-me íntegro e bem vivo para desfrutar a minha velhice e contar minhas peripécias aos meus netos, quando este tempo chegar.
Risks in flying? They exist
I make a chronological break, in my blog, to treat inside of an important subject of the universe of free flight: death risks.
The specialists say in safety that you alter they can happen for two only reasons: Negligence and Imprudence. An or other or the two committees, cause accidents.
The meanings of these words here:
NEGLIGENCE (of Lat. negligentia) - s. f. lacks of care, of application; neglect, negligence; negligence; laziness
IMPRUDENCE (of Lat. imprudentia) - s. f. prudence lack; acto or said imprudent; non consideration; inadvertence; precipitation.
PRUDENCE (of Lat. prudentia) - s. f. virtue that takes the man to foresee and to avoid the mistakes and the Dangers; caution; moderation; precaution; circumspection; good sense.
To think that the free flight is totally safe is a great nonsense.
To think also that the equipments, including the by itself related to the safety and the technology avoids accidents it is incoherence. To think that the technique and the knowledge are capable always avoid accidents it is to think small.
The experience and a pilot's maturity will take him, associated to the techniques, knowledge, equipments, technology, procedures, ruled conscience in the prudence, safety, responsibility and to the respect to the nature (and your elements), the a reduction landing and mitigation of the risks.
Like this, the pillars PILOT, EQUIPMENT and NATURE if very balanced they will turn the probabilities of accidents and the very small death risks, close of the acceptable values.
To know the techniques without the experience is risk.
To have experience without knowledge more deepened it is risky empiricism.
To have advanced equipment in technology but to ignore it is risk.
To ignore what the elements of the nature say or they signal it is to take a risk.
To fly in inadequate equipments to the pilot's capacity is risk.
To fly in inadequate meteorological conditions to the pilot's experience is a risk.
To have an egocentric personality, humble and arrogant he makes pilots they to fly for exhibition, for us to show your equipments of last generation and for us to appear in the list of the " tops " it is sign that one day that will end in an accident.
Was a pilot's formation made by instructors and schools qualified, suitable, done register, done ratify and serious?
Recently outstanding pilots and known in the national and world way of the parapentes by your abilities that placed them above the average, they died in accidents practicing the free flight.
What did happen with them? Fatality?
I don't like subjective aspects to be placed in the scale in a rational analysis. I am spiritualized,
I have faith in God, but he doesn't give to place in the bill of the " it arrived their hour" to explain such deaths. Life is made of choices in that our free will is the responsible for such decisions, that it will place us in certain situations, because the maybe and the destiny doesn't exist.
Then, they died due to the mentioned reasons: Negligence and/or Imprudence.
The lesson is hard and it embitters for who, like me, is entering in this universe. It is a way useful, but difficult of learning.
I place myself, sometimes, in check. Will it " be that is not better to be in the ground "?
I don't want to give up and nor I intend that some readers, in close situation to mine, give up.
I just want to take us to the reflection that although it can feel pleasure, the free flight it should be faced with seriousness and sobriety. It is a thrilling thing, but we should have the rational side to guarantee us alive, because as a " master " of the free flight says: " good pilot is pilot alive ".
I will have the patience to transit for all the learning apprenticeships demanded. I will make an effort to the maximum to maintain my feet in the ground, the analytic mind and the soul flying. I won't be imprudent in thinking " I already know " and nor to neglect the flaw human nature that is in me.
I want to stay complete and very alive to enjoy my age and to count my peripécias to my grandchildren, when this time arrives.